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Relatório: Sobre o paradeiro de Deus.

Já se faz um tempo. Fizeste algum progresso sozinha? Bem, ainda estou a trabalhar para entrar em Nusokén, mas descobri
uma coisa enquanto estava à me infiltrar.

É um trabalho chato, mas tem as suas vantagens, como conhecer estranhos que estão a passar. Se um deles ficar bêbado,
torna-se bastante falador. Muito bom, não é?

Primeiro, agora percebo porque é que não tenho conseguido entrar lá. Há uma espécie de mecanismo de defesa, não
exatamente como o da Capital, mas dá conta do recado. Eu sei que há pelo menos uma entrada, não é muito longe daqui.

Mas é aqui que as coisas ficam um pouco loucas. Preparada? É sobre o chefão que comanda Nusokén por trás das cortinas,
aquele que não conseguimos identificar. Descobri que ele consegue ouvir a voz de Deus. Estás a ver onde quero chegar?

Pensa nisso. Isso explica o que me disse no outro dia sobre os Seres que se juntaram a eles. Muitos esconderam-se de
sabe-quem depois da guerra. Um jardim impenetrável sob a proteção de Deus? Quem não faria o mesmo?

É um palpite, mas é a minha melhor pista neste momento. Se isto é verdade e Deus está mesmo a falar com o chefe de
Nusokén, então... porquê? Ele está zangado connosco outra vez? Digo, as Casas têm-se desleixado quando se trata de
monitorizar a humanidade.

Não sei, isso parece-me muito duro. Muitas coisas mudaram ao longo dos anos. Ele não pode estar assim tão fora de
contacto. Os humanos já nem sequer se vêem como parte da natureza. Claro que iriam ignorar as suas leis e distorcê-las
à sua própria imagem.

Para já, vamos levar isto com um grão de sal. Preciso de fazer isso tudo com cuidado.

-Niara

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