banner

Capítulo 11: A raiz do problema - Primeira metade


Capítulo 11: A raiz do problema - Primeira metade
Um tom de cinza marca o início de uma estação distinta.
No santuário sobrenatural com uma cara sombria, a garota
e suas amigas se reúnem, esperando um destino desconhecido.

Uma história ilustrada baseada na série Touhou.

"Brr! Não, acho que é muito pior hoje. Não tem cara de Nusokén."

"Sim, bem vinda à estação chuvosa, novata. O sol saiu de férias."

"Eu quero ele de volta. Nusokén não é o mesmo assim. Está muito frio e sombrio".

Eu concordo, descansando meus braços nas grades de corda. Se a enxurrada de flechas invisíveis do céu não é ruim o
suficiente, esperar em uma das muitas pontes de madeira de G̃o'yp Hyp nos dá a visão perfeita de uma discordância
icônica de verde e cinza.

Iris uma vez me perguntou sobre o clima estranho de Nusokén. Sinceramente, ainda não tenho certeza de como funciona.
O que eu sei é que nem mesmo o paraíso está a salvo da estação de chuva constante e aleatória. As forças da natureza não
mostraram misericórdia hoje.

Ela suspira: "Pakua, por que você nos levou aqui? Eu não quero pegar um resfriado".

Eu bocejo, "Concordo. Vamos voltar para dentro, é mais aconchegante lá," sugiro.

Pakua levanta uma sobrancelha: "Aham, não. Você não vai voltar para a cama, Kasu".

"E-Ei, não foi isso que eu quis dizer!" Foi com certeza o que eu quis dizer. Ela cruza os braços: "Plantem suas bundas
e sejam paciente. Confiem em mim, vocês verão em breve".

"Ver o quê? Eles nos deram um trabalho para hoje?" Iris insiste.

Eu balanço a cabeça: "Não pode ser. Ninguém estará trabalhando com esse clima".

Pakua rosneja: "Sim, sim, agora shh! Kasu, tenta acordar porque vou precisar de você na melhor forma para este trabalho".
Nós damos a ela um olhar de "Você está doente?"

A Pakua que eu conheço teria sumido agora depois de pensar em um plano para evitar trabalhar. Não que eu concorde com os
comentários de uma certa mentirosa, mas as travessuras de Pakua a tornaram infame entre nós, fadas Kisé. O que deu nela
hoje?

Continuamos a esperar pela grande surpresa de Pakua. Cercadas por casas de árvores, luzes podem ser vistas através de
suas janelas, fadas desfrutando de uma manhã preguiçosa no jardim do paraíso. Sou tentada pelo pensamento de abandonar
minhas amigas.

Não ajuda que eu não ando conseguindo dormir bem ultimamente. Não que eu fosse disposta pela manhã, mas pelo menos eu
estava acordada o suficiente para desejar ser.

"Kasu, você não dormiu ontem à noite?" Pergunta Iris depois de eu me alongar.

"Nada", eu digo. "Digam, vocês tiveram algum sonho estranho desde aquela noite quando atravessamos o rio Andirá?" As
duas balançam a cabeça, parecendo um pouco preocupados.

Minha pergunta é seguida por uma inclinação familiar da cabeça: "Que tipo de sonhos estranhos?"

Eu esfrego os olhos, tomando cuidado para não cair da ponte: Pesadelos, todas as noites sem parar. Eles vêm e vão tão
rápido que eu mal consigo me lembrar deles.”

Pensando denovo, eles podem ter acontecido antes de nossa viagem à parte proibida de Nusokén. É difícil dizer, sonhos
não são algo em que eu geralmente penso.

"Ora, é o mesmo toda vez?" Desta vez, é Pakua perguntando.

A pergunta dela me pega de surpresa: "Bom, sim! Como você sabia? Como eu disse, não me lembro a maior parte. Algo sobre
uma porta e um remo? Eu..."

Minha boca é deixada aberta. Tudo o que posso fazer é ofegar em voz alta enquanto Pakua e Iris são deixadas para trás,
imaginando por que eu de repente corri em frente, radiante como o sol que falta de hoje.

"Mãe do Rio, Mãe do Rio, você está aqui!" Eu grito com toda a minha força.



"Kasu, Kasu, sim, eu estou!" Ela grita de volta, me levando em seu abraço caloroso.

Pakua olha para Iris e sorri: "É hora de trabalhar".

*** *** ***

"E aí, Mãe", Pakua cumprimenta. "Como foi a viagem missionária à Vila dos Jumas?"

Mãe do Rio franze a testa: "Os coitados, um acidente em barragem deles inundou toda a vila. Fiz o meu melhor para
ajudar, mas agora..." Eu a sinto ela me segurar com mais força. "Não, nossos laços são fortes. Deus deseje, eles não se
tornarão como os currupira."

"Juma?" Iris se pergunta.

"Gigantes comedores de homens," Pakua responde tranquilamente, enviando um calafrio pela espinha dela. "Ah, inferno! O
que há com o tempo? Não me lembro da estação chuvosa de ser tão ruim."

Ela coça minha cabeça, seu rosto marcado por um olhar lamentável: "Sim. Conversei com a Pajé mais cedo sobre os rios de
Nusokén. Achamos que não faria mal evitar uma possível inundação. É claro que cabe a você se juntar a mim ou não, eu
vou entender".

Pakua levanta uma sobrancelha: "Sério? Claro que vamos ajudar. E se essas duas dizerem não, eu arrasto elas eu mesma".
Iris sorri levemente: "Prazer, eu sou Iris. Uma amiga deles também é minha." Não preciso dizer nada.

Tudo tem uma mãe, até aspectos da natureza. Dos muitos tipos de seres sobrenaturais, mães da mata como ela são alguns
dos poucos que entendem nós fadas. De uma forma, elas são como nossas primas ou tias distantes.

Como elas são as missionárias de Nusokén, é raro ver a Mãe do Rio, mas sempre que ela está aqui, ela sempre nos trata
bem, seja Izagaia ou Kisé.

Ela suspira em alívio: "Obrigada. Nós seis devemos ser mais do que suficientes".

"Seis? Alguém mais vem?" Eu pergunto curiosamente.

"Sim. Você três, nós e uma ajuda enviada pessoalmente pela Pajé para nos ajudar. Ela deve chegar em breve e..." Ela
para, parecendo confusa. "Minha amiga, você vai continuar calada e não vai se apresentar?"

"Aie!" Iris salta para trás, só agora percebendo a figura sombria atrás dela.

"Que diabos! Quem você acha que é, uma sombra para alugar?" Pakua protesta.



"... Ahiağ", a figura diz calmamente, aparentemente ignorando a queixa.

Enquanto esperamos para ela dizer qualquer outra coisa, os chifres dela chamam a minha atenção. Ela faz parte da equipe
de resgate? Não, talvez outra missionária? Sua aparência me lembra as palavras de Iris: Não tem cara de Nusokén.

"Uau, eu nunca vi um ser como você antes!" Iris admite com admiração.

"Não, Iris. Ela é um Ahiağ, um demônio", explico, sem ter certeza de como sei disso.

Ela acena: "Eu sou Ahiağ. Meus irmãos e ancestrais são Ahiağ. Somos todos Ahiağ". Ninguém com um apelido? As reuniões
de família devem ficar muito confusas.

"Muito bom!" River Mãe da palmas. "Vamos embora quando a ajuda da Pajé chegar."

Provavelmente vai ser uma das guardas Izagaia da Pajé, eu acho. Ao contrário de nós, Kisé, elas estão no topo da
hierarquia de Nusokén. Nossas grandes fadas, as "lanças de Deus".

É comum encontrar Kisé que queiram se tornar Izagaia, mas apenas as melhores das melhores são escolhidas. Não que eu me
importe, já vi o suficiente para saber melhor agora.

"Olá. Você poderia ser a enviada pela Pajé?"

Pensando bem, talvez eu precise alertar a íris sobre elas. Eu não acho que ela também quer se tornar uma, mas se essa
ajuda é que nem aquela guarda ...

"Que bom, podemos ir agora. Não se preocupe, explicarei tudo mais tarde."

A última coisa que precisamos é de Iris estar caida no chão depois de ousar fazer uma pergunta suspeita. Por que aquela
guarda estava tão preocupado com espiões mesmo?

"Hmm? Você parece instável, querida. Há algo errado?"

Bem, poderia ser pior. Pelo menos será algo com o qual eu saberei como lidar.

"TA DE BRINCADEIRA COMIGO?"

Volto à realidade, reconhecendo a visão familiar de uma fada pequena e irritada .

*** *** ***

"... Claro. Estou sempre pronta para ajudar a Pajé", declara Wasa'i orgulhosamente.

Pakua estremece: "Uau! Você até manteve a cara séria. Seu ato melhorou."

"Ato? Você pode não acreditar, mas alguns de nós gostam de ser úteis", ela garante.

"Ora, você não é uma formiga trabalhadora? Eu sempre soube que você era um inseto", zomba Pakua.

Wasa'i engula suas sobrancelhas: "Melhor uma formiga do que uma preguiça inútil!"

Eu suspiro. Eles estão nisso desde que deixamos G̃o'yp hyp. É claro que a ajuda da Pajé seria Wasa'i, ela provavelmente
se ofereceu para mostrar a todos que ela é material de Izagaia. Infelizmente, a Mãe do Rio está ocupada conversando com
Ahiağ à frente.

Voltando a Iris, me pergunto se ela está tão feliz com nossos assentos na primeira fila na revanche delas.
Curiosamente, ela não disse uma palavra durante toda essa viagem.

"Está tudo bem?" Pergunto em uma mistura de preocupação e curiosidade.

Ela se inclina para mais perto e sussurra: "Kasu, por que ela está lutando contra a ajuda da Pajé?"

Minha boca se abre e fecha por um momento. Não é assim que a natureza vai? A grama cresce, os ventos sopram, elas
lutam. Não me lembro de uma época em que isso não era verdade.

"Aquela é a Wasa'i e, hã, não se preocupa, deixa elas". Vou perguntar a Pakua mais tarde. A menos que passemos por
qualquer armário, não há razão para se envolver agora.

Mas as forças da natureza tinham uma idéia diferente em mente.

"Com licença? Por favor, não lutem. Não podemos ajudar Nusokén se lutarmos." A grama se escondeu no subsolo. Os ventos
voltaram para casa. À medida que as duas fadas se viram para Iris, Pakua nos dá a mãe de todos os olhares da morte.

Wasa'i faz um gesto dismissivo: "Não se envolva sua... quem quer que você seja!"

Iris faz beicinho: "Eu não sou 'quem quer que'. Meu nome é Iris, Iris Prado".

"Íris?" Por alguma razão, Wasa'i está me encarando agora.

Foi algo que eu disse? Não, eu nem disse nada. Foi a Iris quem interrompeu o argumento delas, então por que essas duas
agora estão me olhando como se ...

Percebo por que, "I-Iris, Debukiry! Qual foi o nome que eles usaram para você de novo?"

"Durante o festival? Acho que era ... Akuara, por quê?" Ela responde.

"De agora em diante, diga a todos que seu nome é Akuara, ta bom?" Parece tão óbvio agora, como eu esqueci de contar a
ela sobre isso? O Debukiry é um momento de renascimento. Digo, não é como se eu sempre tivesse o nome "Kasu".

"Akuara, você vê essas duas?" Wasa'i aponta para mim e Pakua. "Observa os movimentos delas e certifique-se de fazer o
contrário, você viverá mais tempo dessa maneira".

"Faz sentido. Ela precisaria de binóculos para ver os seus", Pakua diz.

"Humph! Deixa pra lá. Preguiças não são conhecidas por se mover muito", ela insulta.

Pakua ri, "Elas fedem e levam pra sempre, como você se tornando uma Izagaia".

"Gente, que tal aquela inundação? Vamos nos concentrar naquilo!" Eu interrompo. As forças da natureza devem ter me
ouvido porque a Mãe do Rio voltou.

"Desculpe por te deixarem para trás. Está tudo bem?" Ela pergunta alegremente.

Silêncio. Iris (Akuara?) desenvolveu um interesse em uma rocha próxima, Wasa'i e Pakua estão dando as costas uma para a
outra e eu não tenho certeza do que dizer. Qualquer um poderia dizer que a atmosfera é tão boa quanto o tempo agora.

Eu forço um sorriso: "Claro. Qual é o plano, Mãe do Rio?"

Ela sorri: "É simples. Vamos drenar os rios até que o tempo melhore".

"..."

Ahiağ tosse: "O que ela quer dizer é nos dividirmos em dois grupos que realizarão pajélanças em cada um dos rios,
drenando apenas parte da água". Em um momento breve, toda a natureza encontrou paz em seus sentimentos de confusão.

"Certo. Então, quem está indo para qual rio?" Wasa'i pergunta, parecendo um pouco irritada.

"Precisamos que uma de vocês se junte a Ahiağ no rio Andirá. O resto me seguirá até o grande rio Waikurapá", explica a
Mãe do Rio cuidadosamente.

"Eu não!" Pakua declara. "Tem un negócio sobre o qual quero falar com você sobre, Mãe."

"Estou indo também. Você não vai inventar nada dessa vez", decide Wasa'i.

Huh?

"Então eu também vou. Alguém precisa ficar de olho nessas duas", diz Iris.

River Mother ri: "Que entusiasmo! Então não vamos esperar mais, pessoal."

Espera!

"Que seja. Não fique para trás, Akuara." Wasa'i voa à frente.

Eu ouço um murmúrio baixo: "Não da para eu ser íris ..."

Minha mandíbula cai. Nem mesmo o sol saiu tão rápido assim. Se não fosse pelos ventos frios, uma estátua em forma de
Kasu poderia estar ali até o pôr do sol.

"Bom, então vamos para Andirá?" Eu pergunto a Ahiağ, ou assim eu acho. Ao me virar, percebe que ela já saiu sem dizer
nada.

Não é do tipo que fala muito, eu penso.

CONTINUA
    

Capítulo Anterior / Central da Série / Próximo Capítulo
Topo da Página